Defensoria promove evento alusivo aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher

16 dias de ativismoNa tarde da última quarta-feira, 4, a Defensoria Pública de Roraima juntamente como o Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher, promoveu uma palestra alusiva os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

A campanha é desenvolvida anualmente entre 25 de novembro e 10 de dezembro, com milhares de organizações participando do evento em mais de 154 países, simultaneamente.

No auditório do prédio da Administração Superior da Defensoria Pública do Estado, reuniu servidoras do Centro Humanitário de Apoio à Mulher – CHAME, O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS e servidoras da instituição.

Tendo como incentivadora deste evento a defensora pública, Jeane Xaud, atuante no Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. “A campanha que esta sendo realiza que busca compromisso e atitude em relação à Lei Maria da Penha, a fim de alterar os comportamentos de violência contra as mulheres e responsabilizar os agressores”, afirma.

A campanha foi lançada em 1991 pelo Center for Women's Global Leadership – CWGL (Centro de Liderança Global de Mulheres), exigindo a eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres. O período da campanha foi escolhido por conter datas importantes e simbólicas para as mulheres do mundo inteiro.

Conheça:

Dia 25 de novembro – Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres. A data é marcada pelo assassinato brutal das irmãs Minerva, Pátria e Maria Tereza, que ficaram conhecidas como "Las Mariposas", ativistas pela liberdade política em seu país, a República Dominicana, governado por Rafael Leônidas Trujillo de 1930 a 1961, conhecido por matar todos os opositores.

1º de dezembro – Em 1º de dezembro de 1988, aconteceu o Encontro Mundial de Ministros da Saúde de 140 países, em Londres. A data passou a representar o Dia Mundial de Combate à Aids, com o objetivo de mobilizar os governos, a sociedade civil e demais segmentos para incentivar a solidariedade, a reflexão sobre as formas de combater a epidemia e o preconceito com os portadores de HIV. Dados estatísticos demonstram crescimento significativo e preocupante de casos de mulheres contaminadas, inclusive no Brasil, fato que levou o Governo a lançar o Plano de enfrentamento da Feminização da AIDS e outras DST's.

06 de dezembro – No dia 6 de dezembro de 1989 aconteceu o massacre de mulheres em Montreal no Canadá. Marc Lepine invadiu armado uma sala de aula da Escola Politécnica, ordenou que os 48 homens presentes se retirassem da sala, permanecendo no recinto somente as mulheres. Atirou e assassinou 14 mulheres, à queima roupa e em seguida suicidou-se. Em uma carta, justificava seu ato dizendo não suportar a ideia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente voltado para os homens. O massacre tornou-se símbolo da injustiça contra as mulheres e inspirou a criação da Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens pelo fim da violência contra as mulheres. No Brasil, a partir de 2007, é o dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres (Lei 11.489/07).

10 de dezembro – O Dia Internacional dos Direitos Humanos. Em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU, como resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra judeus e comunistas e ainda às bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre Hiroshima e Nagazaki, matando milhares de inocentes. Posteriormente, os artigos da Declaração fundamentaram inúmeros tratados e dispositivos voltados à proteção dos direitos fundamentais.

Essa data é importante para lembrar que sem os direitos das mulheres, os direitos não são humanos. A luta, atualmente, não consiste somente na conquista de direitos, mas na possibilidade de exercê-los.

Com o objetivo de divulgar a campanha e sensibilizar a sociedade e os governos para que possamos erradicar toda forma de violência contra as mulheres, convocamos os trabalhadores e as trabalhadoras em educação a se unirem ao movimento de mulheres organizado e as instituições governamentais que têm trabalhos voltados para este tema.

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